O termo autoestima, hoje em dia, é constantemente usado como bengala para justificar os próprios defeitos e chamá-los de traços marcantes da própria personalidade, falsamente enxergados como algo essencial para ser quem se é. Ou seja, é uma fuga para uma autocrítica saudável e necessária que cada pessoa deveria fazer.
Proponho aqui, em algumas linhas, falar de uma autoestima ordenada ou uma autoestima do alto. Vamos lá:
A autoestima ordenada é realista, porque ilumina as qualidades sabendo reconhecê-las, porém, sabendo também que as qualidades que a pessoa possui ainda não estão no seu ápice, então precisa melhorar, e por muitas vezes a própria pessoa ainda desordenada não sabe lidar com as próprias qualidades que possui e este fato pode levá-la a uma vaidade ou soberba, por exemplo.
Porém, a autoestima ordenada não é somente um olhar para as qualidades. É igualmente fundamental fazer um olhar iluminador para os próprios defeitos e reconhecer que cada defeito convoca a pessoa a uma profunda humildade. De modo algum pode levar ao desânimo porque esse desânimo seria como jogar fora a oportunidade de se ordenar, porque se afasta da humildade que enxerga a realidade e só nela que a pessoa se desenvolve.
A autoestima realista, em poucas palavras, resume-se desta forma: É a luz realista das próprias qualidades e defeitos, e dois pontos são de fundamental importância:
1- a sua qualidade ainda não está no ápice.
2 – olhando e percebendo os próprios defeitos, compreender que não é o fim do mundo.
É necessário então ter autoestima, mas não aquela que é um disfarce para uma autopiedade neurótica que faz você se acomodar no erro e nunca ser quem você deve ser.